FILOSOFIA Ideias que as pessoas têm da Filosofia 3 ANOS A.B.C PROF WILSON

  DEUS NOS ABENÇOE

Salmos 23 

1 O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.

2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.

4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

PRIOF. WILSON  DISCIPLINA FILOSOFIA E SOCIOLOGIA 

È UM PRAZER TRABALHAR COM VOCES QUE POSSAMOS DESENVOLVER UM OTIMO

 TRABALO


AIVIDADES DE FILOSOFIA

1 BIMESTRE 3 ANOS A.B.C   2021

 

 

 

 

Ideias que as pessoas têm da Filosofia

     

    Se fizermos uma rápida pesquisa com as pessoas à nossa volta, indagando o que elas pensam da Filosofia, muito provavelmente ouviremos opiniões diversas. Umas dirão, por exemplo, que a Filosofia é algo muito difícil e que, por isso mesmo, só pode ser praticada por pessoas de inteligência privilegiada, sendo inacessível aos “simples mortais”; outras responderão que a Filosofia é coisa de gente doida, que vive no mundo da lua e que só se preocupa com assuntos abstratos, e que ela, a Filosofia, nada tem a ver com a vida prática; outras, ainda, concordando com essas últimas, emendarão que a Filosofia, por não ter uma aplicação prática imediata, não serve para nada. Pode ser que alguém, remando contra toda essa maré de opiniões pejorativas a respeito da Filosofia, se arrisque a dizer que a considera uma matéria linda, já que permite o contato com o pensamento dos filósofos, expresso em frases de rara profundidade e beleza, ainda que, por vezes, incompreensíveis; por fim, certamente haverá também aquelas que confessarão, com algum sarcasmo ou menosprezo, não ter a menor ideia do que seja a Filosofia.

      Todas essas opiniões, na realidade, são, pelo menos em certa medida, expressão de um preconceito em relação à Filosofia. Por que preconceito? Porque, em geral, são opiniões emitidas apressadamente, precipitadamente, sem a preocupação de examinar com o devido cuidado o assunto sobre o qual se está opinando a fim de conhecê-lo melhor. E é justamente isso que caracteriza o preconceito. Sempre que fazemos isso corremos mais seriamente o risco de nos enganar em nosso julgamento e até de cometer injustiças com as pessoas.

 

1. Você se considera preconceituoso em relação a alguma coisa? Argumente.

 2. E em relação à Filosofia? Justifique. L

IÇÃO DE CASA 1. Entreviste uma pessoa conhecida para identificar o que ela sabe sobre a Filosofia. Anote, separadamente, os adjetivos positivos e os negativos que aparecerem. Na aula seguinte, o resultado dessa entrevista será trabalhado em grupos, cada qual devendo apresentar à sala uma síntese comentada das respostas obtidas.

 

Tales de Mileto: o distraído

           O preconceito e a hostilidade em relação à Filosofia não são algo novo, recente, mas, ao contrário, remontam às origens da Filosofia na Grécia Antiga.                              

       Talvez o registro mais antigo desse preconceito seja aquele de que foi vítima Tales de Mileto, que viveu no século VII a.C. e é considerado o primeiro filósofo da história. A respeito dele contava-se a seguinte anedota, bastante difundida na Grécia Antiga e recuperada por Platão em sua obra Teeteto1 : Tales era tão interessado no estudo dos astros que costumava caminhar olhando para o céu. Certo dia, absorto em seus pensamentos e raciocínios, acabou tropeçando e caindo em um poço, sendo motivo de riso e caçoada para uma escrava que ali se encontrava. Espalhou-se, então, o boato de que Tales se preocupava mais com as coisas do céu, esquecendo-se das que estavam debaixo de seus pés. “Essa pilhéria”, adverte Platão, “se aplica a todos os que vivem para a Filosofia.”

      Essa imagem de um homem distraído e trapalhão, porém, não parece condizer com a verdade sobre Tales, que, ao que tudo indica, era uma pessoa bem esperta, viva e inteligente. É o que se conclui, por exemplo, de outra anedota contada sobre ele, registrada por Aristóteles em sua obra A política e atribuída a Tales por causa de sua sabedoria:

           “Como o censuravam pela pobreza e zombavam de sua inútil filosofia, o conhecimento dos astros permitiu-lhe prever que haveria abundância de olivas. Tendo juntado todo o dinheiro que podia, ele alugou, antes do fim do inverno, todas as prensas de óleo de Mileto e de Quios. Conseguiu-as a bom preço, porque ninguém oferecera melhor e ele dera algum adiantamento. Feita a colheita, muitas pessoas apareceram ao mesmo tempo para conseguir as prensas e ele as alugou pelo preço que quis. Tendo ganhado muito dinheiro, mostrou a seus amigos que para os filósofos era muito fácil enriquecer, mas que eles não se importavam com isso. Foi assim que mostrou sua sabedoria.”

           Na verdade, Tales deve ter gozado de grande prestígio em sua época. Tanto que passou para a posteridade como um dos sete sábios da Grécia4 : na política, empenhou-se em organizar as cidades gregas da Jônia para enfrentar a ameaça dos persas; como engenheiro, quis desviar o curso de alguns rios para fins de navegação e irrigação; como pesquisador, investigou as causas das inundações do rio Nilo, rompendo com as explicações míticas que se davam para elas; como astrônomo, previu um eclipse solar e descobriu a constelação denominada Ursa Menor; como matemático e geômetra, teria descoberto um método para medir a altura de uma pirâmide do Egito, do qual teria derivado o famoso “teorema de Tales”.

          Além disso, não podemos esquecer que Tales foi, segundo Aristóteles, o primeiro a dar uma resposta racional, isto é, sem recorrer aos mitos, para a pergunta que mais incomodava os primeiros filósofos (os chamados pré-socráticos ou filósofos físicos): Qual era o elemento primordial que dava origem a todas as coisas? Para Tales esse elemento era a água, por ela estar presente nos alimentos necessários à vida, pelo fato de as coisas vivas serem úmidas, enquanto as mortas ressecam e porque a Terra repousa sobre as águas. Daí sua conclusão de que ela deve ter sido o elemento primordial. Vemos, portanto, que Tales, ao contrário do que sugere a primeira anedota, não tinha nada de lunático, distraído e desligado dos problemas concretos. Pôs toda a sua inteligência, curiosidade e criatividade a serviço da busca de soluções para eles, sobretudo aqueles mais importantes e urgentes em sua época. Eis por que a tal anedota revela, de fato, um preconceito, isto é, um conceito precipitado e desprovido de fundamentação.

 1 PLATÃO. Diálogos. Teeteto/Crátilo. Tradução Carlos Alberto Nunes. Belém: Editora Universitária UFPA, 2001. p. 83 [174a]

 

 

 

1.    Na sua opinião, Tales foi vítima de preconceito?

 

2.    Por quê?

3.     De acordo com o excerto de Aristóteles, e baseado nos outros dados do texto analisado, você consideraria a filosofia de Tales como algo sem utilidade? Justifique. .

4.    E quanto a você? Já sofreu algum preconceito?

5.    Se desejar, conte ao grupo.

6.    Você acredita que uma pessoa que passe a se interessar pela Filosofia será alvo de preconceito, hostilidade ou rejeição? Por quê? Teme que isso aconteça com você?

 

 

 

 

 

 

Sócrates: aquele que vive nas nuvens

                        Outra célebre vítima do preconceito e da intolerância contra a Filosofia foi Sócrates. E neste caso as consequências foram muito mais sérias, visto que o levaram à morte.          

                     Na realidade, não há uma imagem única de Sócrates. Isso porque todas as informações que temos dele nos chegaram por testemunhos indiretos, já que ele mesmo nada escreveu. Assim, enquanto seus amigos, admiradores e discípulos, como Xenofonte e Platão, por Leitura e Análise de Texto Sócrates: aquele que vive nas nuvens , o viam como sábio, patriota, respeitador das leis e da religião, piedoso, justo, valoroso como guerreiro nas batalhas etc., seus críticos o retratavam como uma pessoa esquisita, deslocada, excêntrica, charlatã, corruptor de jovens e ímpio

             . De todos esses testemunhos pouco elogiosos sobre Sócrates, sem dúvida o mais significativo que chegou até nós foi a imagem dele traçada por Aristófanes1 na comédia As nuvens.

               Neste texto, aparece um Sócrates “se movendo livremente, proclamando que caminhava no ar e dizendo uma plêiade de outras tolices” das quais não entende nada2 . É um Sócrates mestre dos sofistas, isto é, charlatão, enganador e que ensinava às pessoas a arte desse engano. Aliás, essa imagem dos sofistas também era, em boa medida, preconceituosa. Na peça de Aristófanes, ele surge em cena empoleirado em uma cesta suspensa no ar, significando que ele vivia nas alturas, preocupado com questões de cosmologia e de astronomia (movimento dos astros, origem do universo etc.), ou com assuntos sem a menor relevância, como a medida do pulo de uma pulga, ou se o zumbido de um mosquito é produzido por sua tromba ou seu traseiro, ficando totalmente alheio aos problemas realmente importantes da vida dos cidadãos de Atenas. A certa altura, um dos discípulos conta que, certa vez, “uma lagartixa atrapalhou uma indagação transcendental” de Sócrates. Isso aconteceu, segundo o relato, quando ele “observava a lua para estudar o curso e as evoluções dela, no momento em que ele olhava de boca aberta para o céu, do alto do teto uma lagartixa noturna, dessas pintadas, defecou na boca dele”

      .  Essa imagem depreciativa e até cômica de Sócrates provavelmente revela a ideia que a maioria das pessoas tinha a respeito dele e dos filósofos em geral. No entanto, é uma imagem bastante distorcida. Na realidade, Sócrates e os sofistas inauguram um novo período na história da Filosofia em que a reflexão filosófica se desloca da cosmologia e da física (princípio que dá origem a todas as coisas) para as questões relativas à vida concreta na cidade (pólis), isto é, à política, à ética, ao conhecimento. Os assuntos que ele gostava de abordar eram a justiça, a beleza, a coragem, o amor, a educação, entre outros. Vem daí, aliás, a denominação de pré-socráticos atribuída aos filósofos anteriores a ele. Não tanto por razões de cronologia, mas principalmente pela diferença quanto aos temas da reflexão filosófica.

             Além disso, no que se refere aos sofistas, Sócrates tinha, certamente, muito mais diferenças e mesmo divergências com eles do que semelhanças. Enquanto os sofistas se apresentavam como sábios, isto é, pessoas entendidas em diversos assuntos, especialmente na técnica da retórica, Sócrates dizia: “Sei que nada sei”; enquanto os sofistas cobravam pelos ensinamentos que ministravam, Sócrates condenava essa prática e filosofava com as pessoas gratuitamente na praça (ágora) de Atenas; enquanto os sofistas eram céticos em relação à possibilidade de se conhecer a verdade universal, Sócrates a perseguia incansavelmente; enquanto os sofistas contentavam-se com a opinião (doxa), Sócrates exigia o saber verdadeiro (episteme). A

         respeito dos sofistas, diz Sócrates ironicamente por ocasião de seu julgamento: “Cada um desses homens [...] é capaz de dirigir-se a qualquer cidade e persuadir os jovens,

• Discuta com seus colegas as seguintes questões:

1. A comédia e o humor podem ser formas de propagação de preconceitos? Justifique sua resposta e, se possível, dê exemplos.

 2. Essas formas de manifestação artística e cultural são importantes para a democracia? Justifique.

 3. Você vê alguma semelhança entre o papel da comédia no tempo de Sócrates e o dos programas humorísticos atuais? Dê exemplos e comente.

 

 

 

 

1. Quanto mede o pulo de uma pulga? Você consegue imaginar uma forma de medir essa distância? Se consegue, exponha-a.

 2. Por onde é produzido o zumbido do mosquito: Pela tromba ou pelo traseiro?

 

 

ENTREGAR ATE O DIA 02-03-21

NO EMAIL  wildamblei2@yahoo.com.br

 


Comentários

  1. Olá professor, não estou conseguindo enviar a atividade por email. Tem outro meio por onde eu possa mandar?

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