FILOSOFIA Oque é Filosofia - Superação de preconceitos em relação à Filosofia PROF WILSON
ATIVIDADES
3 ANO A
A morte de Sócrates
De acordo com Platão, as
acusações contra Sócrates foram:
“Sócrates é réu por
empenhar-se com excesso de zelo, de maneira supérflua e indiscreta, na
investigação de coisas sob a terra e nos céus, fortalecendo o argumento mais
fraco e ensinando essas mesmas coisas a outros.”
“Sócrates é réu porque
corrompe a juventude e descrê dos deuses do Estado, crendo
em outras divindades novas.”
Levado a julgamento, foi
condenado à morte. Como e por que isso ocorreu?
Tudo começou quando Sócrates
tomou conhecimento de que o oráculo do templo
de Delfos, dedicado ao deus
Apolo, havia proclamado que ele era o homem mais sábio de
Atenas. Não se considerando
como tal, mas, ao mesmo tempo, não podendo duvidar da
palavra do deus, decidiu
investigar o significado de tal revelação.
Procurou, então, aqueles
cidadãos mais ilustres de Atenas e que eram tidos como os
mais sábios da cidade. Eles
pertenciam a três categorias sociais: os políticos, os poetas (autores de
tragédias, como Aristófanes, e de ditirambos – cantos religiosos em homenagem
ao deus Dionísio) e os
artesãos.
Interrogando esses cidadãos
(por meio de seu método dialético), constatou que, na
realidade, nada sabiam dos
assuntos em que eram tidos como sábios. Ao término da conversa com cada uma
dessas pessoas Sócrates concluía:
“Sou mais sábio do que esse homem; nenhum de
nós dois realmente conhece algo de
admirável e bom, entretanto
ele julga que conhece algo quando não conhece, enquanto
eu, como nada conheço, não
julgo tampouco que conheço. Portanto, é provável, de algum
modo, que nessa modesta medida
seja eu mais sábio do que esse indivíduo – no fato de
não julgar que conheço o que
não conheço”
.
Daí a famosa expressão
atribuída a Sócrates: “Sei que nada sei”.
Acontece que Sócrates praticava
esses diálogos em praça pública, à vista de todos. Dentre os presentes havia
sempre muitos jovens, filhos de famílias ricas, que dispunham de
tempo livre (já que não
precisavam trabalhar) e, por isso, podiam acompanhá-lo nessas ocasiões. Eles se
divertiam vendo Sócrates “desbancar” os que se julgavam sábios e, mais tarde,
punham-se a imitá-lo,
interrogando outras pessoas e descobrindo muitas que supunham
saber o que de fato não
sabiam. Essas pessoas, que em geral eram gente importante e de
prestígio na cidade,
sentindo-se constrangidas, tornavam-se furiosas não contra esses jovens,
mas contra aquele que
consideravam responsável por tê-los ensinado tal comportamento; e
passavam a propagar que:
“Sócrates é o mais pestilento dos indivíduos e está corrompendo
a juventude”. Na verdade,
quando indagadas, tais pessoas não conseguiam provar tal acusação. Mas para
esconder seu constrangimento, lançavam mão daquelas acusações que sempre
são usadas contra todo
“filósofo, ou seja, que [ensina] ‘as coisas no ar e as coisas sob a terra’
e ‘não crê nos deuses’, e
‘torna mais forte o argumento mais fraco’.” Esta é a origem das
“inimizades, a um tempo
implacáveis e aflitivas”, do ódio, das “calúnias” e das acusações
contra Sócrates e que acabaram
por levá-lo à morte.
No fundo, Sócrates foi condenado porque, na democracia ateniense, os
assuntos mais
importantes da vida da cidade
eram decididos em assembleias (ekklesía) nas quais cada
cidadão podia expressar
livremente sua opinião a favor ou contra uma determinada posição. Era, pois, um
regime político sustentado pela crença no valor das opiniões. Ora, o que Sócrates
fazia com sua dialética era justamente pôr em cheque as opiniões, mostrando que,
muitas vezes, elas refletiam um conhecimento falso sobre o assunto em questão.
Assim, para as pessoas importantes da cidade que costumavam discursar nessas
assembleias, a “má”influência de Sócrates, sobretudo sobre os jovens,
representava uma ameaça ao sistema democrático do qual se beneficiavam. Eis aí
a natureza política da condenação de Sócrates.
1.
Leia o texto a seguir, extraído do artigo
intitulado “Errar é humanas”, de Gustavo Ioschpe, articulista da revista Veja.
Em seguida, considerando também o ocorrido com Sócrates, escreva uma breve
reflexão (10 a 15 linhas) sobre o tema: “A natureza política do preconceito e
da intolerância com a Filosofia
“Errar
é humanas” “
[...] É impossível estudar
filosofia se você não sabe ler. Essas aulas serão apenas uma maneira mais
escancarada de se praticar o doutrinamento do marxismo rastaquera que impera em
nossas escolas. Eu particularmente ficaria muito contente se os nossos alunos
saíssem do ensino médio ignorantes de filosofia e sociologia, mas conseguindo
ler um texto e entendendo-o, para que tomassem suas próprias conclusões
filosóficas ao lerem seus próprios livros.”
FILOSOFIA:
Definição e importância
para
o exercício da cidadania
As frases a seguir são
expressões corriqueiras, extraídas da linguagem cotidiana.
COMENTE
O QUE VOCE ENTENDEU
DE
CADA UMA DELAS
“O essencial é invisível aos
olhos.” “As aparências enganam.”
“A justiça tarda, mas não
falha.” “Todos somos iguais perante a lei.”
“É preferível a democracia à
ditadura.” “A liberdade exige responsabilidade.”
“A felicidade não se compra.”
“O amor é lindo.”
1. Discuta com seus colegas e
responda:
a) O que os termos destacados
significam para você?
b) Você sabia que esses termos
são, na verdade, conceitos filosóficos que se tornaram senso comum?
c) Cite mais algumas
expressões do senso comum que contenham conceitos filosófico
ENTREGAR ATE O DIA 17-03-21
NO EMAIL
wildamblei2@yahoo.com.br
DUVIDAS ENTRAR EM CONTATO NO
EMAIL ACIMA
Comentários
Enviar um comentário