SOCIOLOGIA – 3° A, B e C. – Recuperação 1ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE

 

- SOCIOLOGIA –  3° A, B e C.

Recuperação 1ºBIMESTRE PROFESSORA FABIANE

Data: 06/04/2021

ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br 

Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO.

CASO HAJA DÚVIDAS, ENCAMINHEM PARA MEU E-MAIL ou WhatsApp 11- 968362464.

–Revisão do conteúdo referente ao 1ºbimestre para recuperação!

Leia abaixo, respeitando as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto e palavras que desconheça,  pesquise o significado no dicionário ou  google J .

As origens dos conceitos de cidadão e cidadania

A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade. Na Grécia antiga, considerava-se cidadão aquele nascido em terras gregas. Em Roma a palavra cidadania era usada para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. Em um conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade de ser cidadão, e consequentemente sujeito de direitos e deveres.

Cidadão na Roma antiga, era o habitante não escravizado da cidade, do sexo masculino, que participava da sociedade com seu poder de voz e de voto nos comícios e plebiscitos e com sua participação na administração pública. Embora essa participação interferisse na dinâmica dos espaços urbanos e rurais, cidadania não implicava em igualdade. Antes dos romanos, pode-se observar situação parecida e cidades da Grécia Antiga, onde era considerado cidadão quem desfrutava do direito de participar da vida política da cidade, o que era vedado a mulher, ao estrangeiro e ao escravo.

   A relação do cidadão com o Estado é dúplice: de um lado, os cidadãos participam da fundação do Estado, e, portanto, estão sujeitos ao pacto que o criou, no nosso caso a Constituição Federal de 1988. Portanto, sendo o Estado dos próprios cidadãos, os mesmos têm o dever de zelar pelo bem público e participar, seja através do voto, seja através de outros meios, formais e informais, do acompanhamento e fiscalização da atuação estatal.

Ao mesmo tempo, os agentes estatais, como cidadãos investidos de funções públicas, têm o dever de atuar com base nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, prestando contas de todos os seus atos. Uma relação harmoniosa entre as expectativas dos cidadãos e a atuação estatal é o ideal a ser alcançado por qualquer sociedade. Mas nem tudo depende apenas do Estado. O conceito de cidadania vai muito além, pois ser cidadão significa também tomar parte da vida em sociedade, tendo uma participação ativa no que diz respeito aos problemas da comunidade. Segundo Dalmo de Abreu Dallari: “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”.

Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar sempre que possível para promovê-lo é dever de todo cidadão responsável. A cidadania deve ser entendida, nesse sentido, como processo contínuo, uma construção coletiva que almeja a realização gradativa dos Direitos Humanos e de uma sociedade mais justa e solidária.

Cidadania moderna

 A história do desenvolvimento da cidadania moderna remonta ao Iluminismo e está relacionada à conquista de quatro tipos de direitos: os direitos civis, no século XVIII; os direitos políticos e sociais, no século XIX (cuja luta perdurou até o século XX) e os direitos humanos, no século XX. Os filósofos iluministas, sobretudo John Locke, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau, lançaram as bases para a percepção moderna da relação entre Estado e indivíduos ao conceber o ser humano como um indivíduo dotado de razão e de direitos intrínsecos à sua natureza (direitos naturais=direito que é do próprio homem, isto é, com os quais os homens nascem), como o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Dessa forma, abriu-se espaço para o nascimento do Estado de Direito. A contribuição de cada um desses pensadores iluministas na constituição de novas formas de pensar a relação entre indivíduos e Estado está pautada da seguinte maneira:

a) John Locke (1632-1704): defendia que todos os homens são iguais, independentes e governados pela razão. No estado natural, teriam como destino preservar a paz e a humanidade, evitando ferir os direitos dos outros, inclusive o direito à propriedade, considerado por Locke um dos direitos naturais do homem. Para evitar conflitos decorrentes de interesses individuais, os homens teriam abandonado o estado natural e criado um contrato social entre homens igualmente livres;

b) Voltaire (1694-1778): defendia a liberdade de expressão, de associação e de opção religiosa e criticava o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Foi um crítico do Absolutismo e das instituições políticas da Monarquia e defensor do livre comércio contra o controle do Estado na economia;

 c) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): defendia a liberdade como o bem supremo, entendida por ele como um direito e um dever do homem. Renunciar à liberdade equivaleria a renunciar, portanto, à própria humanidade. Para que o homem possa viver em sociedade sem renunciar à liberdade, ou seja, obedecendo apenas a si mesmo e permanecendo livre, é estabelecido um contrato social em que a autoridade é a expressão da vontade geral, expressão de corpo moral coletivo dos cidadãos.

Desse modo, o homem adquire liberdade obedecendo às leis que prescreve para si mesmo. Essas ideias foram muito importantes para o desenvolvimento do que hoje entendemos por cidadania. O sociólogo britânico Thomas Humphrey Marshall (1893-1981) afirma que a cidadania não nasce acabada: ela é construída pouco a pouco pela adição de novos direitos, conquistados por diferentes atores sociais, em lutas e reivindicações organizadas ao longo da formação da sociedade capitalista. Tomando por base o desenvolvimento da sociedade inglesa, Marshall concebeu três tipos de direitos conquistados ao longo dos séculos: civis, políticos e sociais. Esse conjunto de direitos é o que dá garantia à condição de cidadão.

· Direitos civis: datados no século XVII, dizem respeito à liberdade dos indivíduos e se baseiam na existência da justiça e das leis. Referem-se à garantia de ir e vir, de escolher o trabalho, de se manifestar, de se organizar, de ter respeitada a inviolabilidade do lar e da correspondência, de não ser preso e não sofrer punição a não ser pela autoridade competente e de acordo com a legislação vigente. Porém, essas conquistas se aplicavam a um grupo pequeno de pessoas (homens livres por exemplo).

 · Direitos políticos: conquistados no século XIX, referem-se à participação do cidadão no governo da sociedade e consistem no direito de fazer manifestações políticas, de se organizar em partidos, sindicatos, movimentos sociais, associações e de votar e ser votado. Também foram inicialmente restritos a um grupo, tornando-se mais abrangentes no século XX.

· Direitos sociais: resultam das lutas do século XX, dizem respeito ao atendimento das necessidades básicas do ser humano, como alimentação, habitação, saúde, educação, trabalho, salário justo, aposentadoria etc. Os direitos civis e políticos foram estendidos a minorias étnicas historicamente discriminadas: homossexuais, transgêneros, mulheres, pessoas com deficiência, crianças e adolescente, idosos.

Direitos humanos

Os Direitos Humanos englobam todos os demais e expandem a dimensão dos direitos para uma perspectiva mais ampla, pois tratam dos direitos fundamentais do ser humano. Sem eles, o indivíduo não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver, de participar plenamente da vida. São eles: o direito à vida, à liberdade, à igualdade de direitos e oportunidades e o direito de ser reconhecido e tratado como ser humano, independentemente de nacionalidade, gênero, idade, origem social, cor da pele, etnia, faculdades físicas ou mentais, antecedentes criminais, doenças ou qualquer outra característica. A história da luta pelos direitos civis pode ser identificada já no século XVII, quando o parlamento inglês promulgou em 1689 o Bill of Rights (Carta de Direitos), garantindo ao povo uma série de direitos que o protegia de atos arbitrários por parte da Coroa. Esse movimento é um precursor dos eventos históricos que marcariam o fim do Absolutismo e colocariam os cidadãos, agora não mais súditos do rei, na condição de sujeitos políticos, ou seja, participantes efetivos do poder do Estado. Um exemplo disso ocorreu na Revolução Americana e encontra-se explicitado na Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776).

Para melhor compreensão, assista os vídeos abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=c3mjvCfwRxc

https://www.youtube.com/watch?v=7zrG4VMSDus

https://www.youtube.com/watch?v=WSryyc9OiWQ

Questões para ser realizada no caderno.

1-      Com base nas explicações do texto, escreva as principais características dos cidadãos e daqueles que não eram considerados cidadãos na Grécia Antiga e na Roma Antigas.

 

2-    A cidadania é um conceito que possui diversos significados, em geral, relacionados com a participação sujeito-cidadão dentro da sociedade e a relação com seus direitos e deveres.

Assinale a alternativa que melhor expressa a ideia de cidadania:

a)( ) a maneira que o indivíduo encontra para responsabilizar o Estado por sua condição.
 

b)( ) a conjunção entre direitos políticos, civis e sociais.
 

c)( ) o direito do cidadão de agir livremente na sociedade.
 

d)( ) uma perspectiva que toma o indivíduo como responsável apenas pela sua própria vida.

 

3-      Explique quais foram as contribuições dos filósofos para a constituição de novas formas de pensar a relação entre indivíduo e Estado.

 

a)      John Locke (1632-1704):

b)     Voltaire (1694-1778):

c)      Jean Jacques Rousseau (1712-1778):

 

4-      Marshall concebeu três tipos de direitos conquistados ao longo dos séculos: civis, políticos e sociais. Esse conjunto de direitos é o que dá garantia à condição de cidadão. Explique com suas palavras cada um deles.

 

5-   O que você aprendeu sobre os Direitos humanos?

6-    Em relação especificamente aos direitos civis assinale a alternativa correta:

a) ( ) Os direitos civis visam garantir a livre circulação, a liberdade de expressão, de opinião, ideológica, de credo e outras liberdades individuais.
b)( ) Os direitos civis são uma forma de controle social, impedindo que os cidadãos possam atuar livremente.
c)( ) Os direitos civis são relativos ao voto e a participação política.
d)( ) Os direitos civis são baseadas na defesa à dignidade humana, na segurança alimentar e no acesso a elementos necessários à subsistência.

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