pROF wILSON FILOSOFIA 3 ANO A FILOSOFIA E RELIGIÃO

 

Professor: Wilson

Disciplina: Filosofia

Série destino: 3 ANO A

Quantia de aulas previstas: 4

 

 

 

1 ATIVIDADES DE FILOSOFIA 2 BIMESTRE 3 ANO A

 

 

         A palavra “política” ocupará o centro das reflexões que você e seus colegas desenvolverão com a ajuda do professor. Essa é uma palavra utilizada em diferentes contextos, com diferentes significados e, como é assunto de grande importância para quem se preocupa com a construção de uma vida melhor para todos, ela merece receber o tratamento próprio da reflexão filosófica.

 

 

FILOSOFIA E RELIGIÃO

             O que dizem um filósofo e um religioso

             Para iniciar o estudo sobre diferenças ou semelhanças entre o discurso religioso e o discurso filosófico, propomos um exercício que tem como base um acontecimento destacado do noticiário jornalístico brasileiro de 2006. Organizado em grupos com seus colegas, você deve criar hipóteses sobre possíveis comentários de um filósofo e de um religioso a respeito do acontecimento apresentado a seguir.

 

LEIA COM ATENÇÃO

 

            Em 29 de setembro de 2006, um Boeing da companhia aérea Gol foi atingido em pleno voo por outro avião bem menor, modelo Legacy. Os ocupantes do Legacy nada sofreram e a queda do Boeing da Gol provocou a morte de 154 pessoas.

 

 Registre

 

Comentários de um religioso

 

 

Comentários de um filósofo

Qual a diferença? Nesta aula, é importante a leitura em silêncio de dois textos: um trecho da Introdução da Crítica da razão pura, de Immanuel Kant (1724-1804) e uma transcrição do mito denominado Eros e Psiquê, narrado pela primeira vez pelo escritor romano Lucius Apuleius (125 d.C.-164 d.C.).

 

 

Crítica da razão pura de Immanuel Kant Introdução I –

Da distinção entre o conhecimento puro e o empírico

           “Podemos afirmar que todos os nossos conhecimentos têm origem em nossa experiência. Se fosse ao contrário por meio do que a faculdade do conhecimento1 deveria ser exercitada2 senão por objetos que tocam nossos sentidos e em parte produzem por si mesmas representações, em parte colocam em movimento a atividade do nosso entendimento para compará-las, reuni-las ou separá-las e, dessa maneira, proceder à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis até um conhecimento das coisas, o que se denomina experiência? Portanto, no tempo nenhum conhecimento antecede a experiência; todos começam por ela.

 

          Porém, nosso conhecimento empírico é formado pelo que recebemos das impressões e pelo que a nossa faculdade de conhecer lhe adiciona, estimulada pelas impressões dos sentidos; aditamento que somente distinguimos por longa prática que nos capacite a separar esses dois elementos.

         Eis aí uma questão que merece reflexão: existe mesmo um conhecimento que não depende da experiência e das impressões dos sentidos?

           Esses conhecimentos são chamados ‘a priori’ e diferem dos empíricos, cuja origem é ‘a posteriori’, ou seja da experiência.

             Mas há conhecimentos que surgem indiretamente da experiência, isto é, de uma regra geral obtida pela experiência e que não podem ser chamados de conhecimentos ‘a priori’.

           Citamos como exemplo de conhecimento empírico: escavando os alicerces de uma casa ‘a priori’ esperar-se-á que ela caia, sem haver necessidade de olhar a experiência da sua queda, porque já se sabe que todo corpo abandonado no ar, sem sustentação, cai ao impulso da gravidade.

           Assim, dizemos que conhecimento ‘a priori’ é o adquirido independentemente de experiências e o conhecimento empírico é o que só é possível ‘a posteriori’ (por meio de experiência).

              Portanto, afirmamos que o conhecimento ‘a priori’ é oposto ao conhecimento empírico.

          Ainda, os conhecimentos ‘a priori’ se dividem em puros e impuros. O conhecimento ‘a priori’ puro é o que precisa, de fato, da empiria.

          Como exemplo, ‘toda mudança tem uma causa’ é um princípio ‘a priori’ e impuro, pois a conceituação de mudança apenas pode ser formada, tirada da experiência”.

1 (Erkenntnissvermoêigen) 2 (Zur Ausübung erweckt) Kant, Immanuel .Crítica da razão pura. Tradução Lucimar A. Conghi Anselmi; Fulvio Lubisco. São Paulo: Ícone, 2007. p. 5-6. (Coleção Fundamentos)

 

 

 

Leitura e Análise de Texto

Eros e PsiquÊ

 

       “Era uma vez um rei que tinha três filhas. A mais nova, de nome Psiquê, destacava-se por sua beleza. Dizia-se até que Afrodite – a deusa da beleza – não era tão bonita quanto Psiquê, cujo nome em grego antigo significa alma.

            Os homens deixaram de cultuar a deusa Afrodite para adorar Psiquê. Afrodite ofende-se com esta situação e pede a seu filho Eros, o deus do Amor, para preparar uma vingança. Ele ficou tão maravilhado ao ver Psiquê que não conseguiu cumprir a ordem da mãe. Enquanto Eros sofria por não conseguir atender ao pedido de sua mãe, Psiquê, sem saber das intenções de Afrodite, esperava encontrar um marido. Seu pai consultou o oráculo de Apolo para ajudar Psiquê a encontrar seu marido. Eros também consultou o oráculo para conseguir realizar o pedido de sua mãe.

        Orientado pelo oráculo, o rei levou Psiquê para o alto de uma montanha na qual encontraria um monstro disposto a se casar com ela.

          Também orientado pelo oráculo, Eros dirigiu-se para a mesma montanha na qual deveria se casar com Psiquê, sem permitir que ela visse seu rosto e fazendo-se passar por um monstro.

             Embora Psiquê não o visse, tinha certeza de que não se tratava de nenhum monstro horroroso. A partir de então sua vida ficou assim: luxo, solidão e vozes que faziam suas vontades durante o dia e, à noite, a voz de seu amor. Mas a proibição de ver o rosto do marido a intrigava. E a inquietação aumentou mais ainda quando o misterioso companheiro avisou que ela não deveria encontrar sua família nunca mais, pois, se assim fosse, coisas terríveis começariam a acontecer. Ela não se conformou com isso e, na noite seguinte, implorou a permissão para ver pelo menos as irmãs. Contrariado, mas com pena da esposa, ele acabou concordando. Assim, durante o dia, quando ele estava longe, as irmãs foram trazidas da montanha pela brisa e comeram um banquete no palácio. Como temia Eros, a alegria que as duas sentiram pelo reencontro logo se transformou em inveja e elas voltaram para casa pensando em um jeito de acabar com a sorte da irmã. Nessa mesma noite, no palácio, aconteceu uma discussão. O marido pediu para Psiquê não receber mais a visita das irmãs e ela, que não tinha percebido seus olhares maldosos, se rebelou. Além de estar proibida de ver o seu rosto, ele agora queria impedi-la de ver até mesmo as irmãs? Novamente, ele acabou cedendo e no dia seguinte as pérfidas foram convidadas para ir ao palácio de novo. Mas dessa vez elas apareceram com um plano já arquitetado.

           Elas a convenceram de que o marido só podia ser um monstro e aconselharam Psiquê a matá-lo. À noite ela teria que esconder uma faca e uma lamparina de óleo ao lado da cama para matá-lo durante o sono. Psiquê caiu na armadilha. E, quando acendeu a lamparina, viu que estava ao lado do próprio Eros, o deus do amor, a figura masculina mais bonita que havia existido. Ela estremeceu, a faca escorregou da sua mão, a lamparina entornou e uma gota de óleo fervente caiu no ombro dele, que despertou, sentiu-se traído, virou as costas, e foi embora dizendo: ‘Não há amor onde não há confiança’. Psiquê ficou desesperada e resolveu empregar todas as suas forças para recuperar o amor de Eros, que se encontrava na casa da mãe recuperando-se do ferimento no ombro. Psiquê pedia aos deuses para acalmar a fúria de Afrodite, sem obter resultado. Resolveu se oferecer à sogra como serva, dizendo que faria qualquer coisa por Eros. Ao ouvir isso, Afrodite gargalhou e respondeu que, para recuperar o amor dele, ela teria que passar por uma prova. Em seguida, pegou uma grande quantidade de trigo, milho, papoula e muitos outros grãos e os misturou. Até o fim do dia, Psiquê teria que separar tudo aquilo. Era uma tarefa impossível e ela já estava convencida de seu fracasso, quando centenas de formigas resolveram ajudá-la e fizeram todo o trabalho. Surpresa e nervosa por ver aquela tarefa difícil: cumprida, a deusa fez um pedido ainda mais difícil: queria que Psiquê trouxesse um pouco de lã de ouro de umas ovelhas ferozes. Percebendo que seria trucidada, ela já estava pensando em se afogar no rio quando foi aconselhada por um caniço (uma planta parecida com um bambu) a esperar o sol se pôr e as ovelhas partirem para recolher a lã que ficasse presa nos arbustos. Deu certo, mas no dia seguinte uma nova missão a esperava. Agora Psiquê teria que recolher em um jarro de cristal um pouco da água negra que saía de uma nascente que ficava no alto de uns penhascos. Com o jarro na mão, ela caminhou em direção aos rochedos, mas logo se deu conta de que escalar aquilo seria o seu fim. Mais uma vez, conseguiu uma ajuda inesperada: uma águia apareceu, tirou o jarro de suas mãos e logo voltou com ele bem cheio de água negra. No entanto, a pior tarefa ainda estava por vir. Afrodite dessa vez pediu a Psiquê que fosse até o inferno e trouxesse para ela uma caixinha com a beleza imortal. Desta vez, uma torre lhe deu orientações de como deveria agir, e, assim, ela conseguiu trazer a encomenda. Tudo já estava próximo do fim quando foi dominada pela tentação de pegar um pouco da beleza imortal para tornar-se mais encantadora para Eros. Ela abriu a caixa e dali saiu um sono profundo, que em poucos segundos a fez tombar adormecida. A história acabaria assim se o amor não fosse correspondido. Por sorte Eros também estava apaixonado e desesperado. Ele pedira a Zeus, o deus dos deuses, que impedisse sua mãe de separá-los. Zeus então reuniu a assembleia dos deuses (que incluía Afrodite) e anunciou que Eros e Psiquê iriam se casar no Olimpo e que a noiva deveria tornar-se imortal. Hermes a conduziu ao palácio dos deuses e Zeus lhe ofereceu um doce que a tornou uma deusa e, por isto, imortal. Afrodite não poderia opor-se a que seu filho se casasse com uma deusa. Assim, Eros – o amor – e Psiquê – a alma – viveram juntos para sempre.”

APULETO, Lucio. A Metamorfose ou O asno de ouro. Tradução e adaptação Luiza Christov. Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2009

 

Após a leitura silenciosa de cada um dos textos, pode-se iniciar a identificação das

diferenças. Com um colega ou em grupo, responda:

 

 

 

1. Qual é o objetivo de cada texto e qual é o assunto tratado em cada um deles?

 

2. De que forma a mensagem principal e as demais mensagens são apresentadas em cada um dos textos?

 

3. Existem aspectos que comparecem em apenas um dos textos? Quais?

4 o que você entende por conhecimento empírico?

 

 

5 Existe mesmo um conhecimento que não depende da experiência e das impressões dos sentidos?

 

6 O que é conhecimento a priori?

 

7 o que são conhecimentos a posteriori?

8  Podemos afirmar que todos os nossos conhecimentos têm origem em nossa experiência comente

 

9  Elabore uma frase para comunicar a diferença quanto à natureza dos textos mitológicos e dos textos filosóficos.

10  pesquise o que é mito ?

 

Entregar até dia 02/06/21

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